Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o país de que sou é estar aqui.
Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso falar eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.
Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.
Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que for o meu.
José Carlos Ary dos Santos
De Paula a 6 de Maio de 2010
O 25 de Abril já passou mas eu não me esqueci.
25 de Abril SEMPRE!
Adoro Ary dos Santos... Poeta de ideais, de ideias, de realidades e verdades...
O 25 de Abril parece ser apenas uma cerimónia de troca de cravos... as liberdades estão a perder-se, as pessoas a ganharem maior inexpressividade e apesar de tudo retroceder e caminhar para pior o povo já não tem a mesma garra... está mais comodista....
Faz falta...outro Abril... para que não nos ponham "a pata em cima"...
Beijos
Ñão nos porão a pata em cima , não deixaremos!
Beijão!
Falta aos homens de hoje esta garra que leva as pessoas a pensar seriamente sobre os assuntos e a expressar-se claramente sobre eles. Parece-me que o 25 de Abril está cada vez mais esquecido e isso entristece-me bastante.
Cumprimentos
Pelo menos junto do Lucas, meu filho de 8 anos esforço-me para lhe explicar o porquê de um cravo posto no cano de uma arma por uma criança. A todos em casa presenteei com um cravo e pelo menos juntos dos que de perto, mais amo, não deixarei que a memória se perca. Por outro lado sinto tristeza em presenciar um retrocesso nas liberdades adquiridas.
Cumprimentos
De Acácio Rouxinol a 28 de Abril de 2008
ABRIL LUSITANO
E pensar eu que findo tanto Abril
Se finaram também os poetas
Que o escreveram e louvaram
Na voz gritada dos que carpiam,
E não tinham voz.
E depois de lhes ofertada a nota,
O tom, a musica e o som do canto
Da tal liberdade que, nos dedos
Encortiçados pela sevicia, prendiam,
Desajeitadamente a gritaram até emudecer.
Sobre Abril, sofregamente se engasgaram.
E berrando um hino sem mote,
Cobiçando do irmão a sorte,
Que era livre mesmo em Setembro,
Com Abril, o mesmo Abril calaram!
E qual cavalo estancando o trote,
Buscou-se nos cravos, as rosas,
Que lampejam alaranjadas
Na glória vã de nada ser
Perante os anos que guardam Abril.
Desafinados, divididos, entoamos
Velhas odes de dor e de saudade.
O fado é já quase inglês;
E embora de Abril se fale,
Sofremos Abril em português.
Não se canta a chama sem alma
Nem se louva o amor que não vai no peito.
Ser livre, não é apenas morar em Abril!
É amar-nos por todo, em qualquer mês;
É não ter nojo de ser português.
E ser português, só, não basta!...
Haja brio naquilo que somos;
Não só por aquilo que fomos,
Mas sim, pela promessa deste ano,
Se cumprir um Abril Lusitano.
Acácio Rouxinol – 28/04/2008
Acácio
És uma daquelas pessoas por quem me sinto privilegiado em conhecer Admiração e amizade mesmo longínquos , se mantêm cheias de vida! És ma das raríssimas pessoas que conheço que sente e escreve o que sente , assim, como tu o fazes!
Abraço!
De Acácio Rouxinol a 1 de Maio de 2008
Obrigado pela força!...
Se não fosse por ser no teu blog, onde acontecem imensas "coisas" de muito interesse, minha voz não se ergueria.
Por vezes viajo, quando posso, por este universo cibernético... e, infelizmente, cada vez mais, vejo as pessoas preocupadas em fazer, de um modo mais ou menos cool,passar a ideia de que são todos uns tipos muito atentos e preocupados com os aspectos mais fundamentais da nossa realidade. É dificil de acreditar nisso quando constatamos que, para executar esse enbuste barato, usam, quase sempre, apenas um paragrafo pejado de banalidades.
Neste ambiente inóspito e desértico, é sempre bom encontrar um oásis como o "CONTEUDOS".
Bem hajas,
Um abraço
Acácio
Belo. Abril sempre. Aquele abraço.
De ligiasantos58@hotmail.com a 25 de Abril de 2008
ola jorge estou a ouvir so tenho pena que se tenha esquecido muito depressa o espirito do 25 de Abril
e nem ha mais Ari dos Santos e Zecas abraços
ha bocado ouvi o Paulo de Carvalho
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