Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

DA VIOLÊNCIA

Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento.

Mas ninguem diz violentas

As margens que o comprimem.

 

 

 

 

Bertolt Brecht

música: People are strange-The Doors
publicado por Jorge Santos às 07:44
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Terça-feira, 23 de Setembro de 2008

AC/DC

 

Não, não vou escrever sobre a humanidade antes e depois de Cristo.
Também não vou divagar sobre o percurso e importância histórica do heavy metal e de uma das suas bandas míticas na música contemporânea.
Refiro-me exactamente à noção de compromisso e a honra da palavra dada que passou a ter um valor quase banal em Portugal nos últimos vinte anos desde que surgiu o "celular", daí  referir-me a este período de tempo como AC/DC (antes do celular e depois do celular).
Nada mais foi o mesmo no período DC, o celular ou telemóvel como por aqui chamamos, passou a orientar todos os movimentos na nossa existência humana, tudo passamos a fazer em função de uma chamada, de uma mensagem e mesmo através de toques quando não há saldo para mais, e o pior (finalmente cheguei lá) é que qualquer compromisso incumprido, qualquer atraso à hora marcada qualquer desculpa mais rota ou esfarrapada, passou a ser dada pelo celular, não com o tempo necessário a uma rectificação ou orientação do programado, mas exactamente cinco minutos antes...Ainda me lembro do tempo em que uma ida ao cinema, um jantar, uma ida à praia, era combinada pelo velhinho telefone fixo de casa ou mesmo na rua ou no café, e de como todos nos esforçávamos para cumprir, palavras, horários e atitudes. E resultou sempre, sempre tive as matinés exactamente com aqueles com quem combinara ir, os encontros na praia eram garantidos, no meio de dezenas de pessoas, encontrávamo-nos sempre, e, nunca ficou um lugar vazio na mesa ao jantar.

 

 

música: Pink Floyd-Is there anybody out there
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publicado por Jorge Santos às 07:00
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Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008

SALA DE ESPERA 2

Ontem, dia 17 de Setembro, fez um ano, que faço visitas regulares ao hospital Santos Silva em Gaia, para consultas de Endocrinologia, para controlo e redução do excesso de peso. São, consultas com intervalos de tempo alargados, cerca de quatro meses, durante os quais vou aplicando as rotinas alimentares assim como os medicamentos indicados pela médica que me vem prestando assistência. Assim, posso constatar, um ano depois de ter começado com estas "visitas", e, nove meses depois de ter falado no "Conteúdos" sobre as mesmas (no fim deste post farei a reedição do primeiro sobre este assunto) o seguinte: A nível pessoal, e sem me alongar muito, o tratamento seguido tem dado resultados muito satisfatórios, tendo obtido uma redução de peso equilibrada ao longo de doze meses de 29 KG, estando assim, muito satisfeito com a pessoa, a médica que com os seus conhecimentos e meu empenhamento, proporcionou estes resultados. No que diz respeito ao desempenho administrativo do hospital, continuo, um ano depois bastante insatisfeito. Com marcações de consultas para as 9:30 da manhã e atendimento médico às 12:15, continua a ser completamente surrealista a forma como a administração hospitalar gere os seus recursos humanos, sujeitando os utentes dos seus serviços a tão longas, diria mesmo, desumanas esperas. Quem recorre ao hospital,  estará presumivelmente doente, ou serei eu que estarei a pensar errado? Os utentes continuam, bastantes, idosos, a aguentar de pé nos corredores, com receio de não ouvirem por si chamarem nos altifalantes colocados na sala de espera, bastante distante de alguns gabinetes médicos.

Mas Sempre se tira algo de bom durante tanto desperdício de tempo, o contacto humano que se vai fazendo com pessoas, algumas a atravessar momentos difíceis na vida, é muito enriquecedor.

 

Fotos por mim tiradas com o telemóvel

 

P.S.

Aqui fica o post de Janeiro deste ano sobre este assunto.

 

QUARTA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2008
SALA DE ESPERA
Tenho ido regularmente ao hospital Santos Silva em Gaia, a consultas de Endocrinologia para tentar diminuir e controlar o excesso de peso. As consultas têm corrido de modo satisfatório e por isso muito agradeço aos médicos que me têm orientado e medicado para que eu consiga uma melhor qualidade de vida.
Mas, algo está a falhar na parte de encaminhar os utentes até aos gabinetes médicos. Eu por exemplo tendo me dirigido aquela unidade hospitalar para uma das referidas consultas de Endocrinologia, com hora marcada para as 14, só fui atendido pelas 17 e apesar de existir uma informação a pedir para aguardarmos na sala de espera, esta estava praticamente vazia tendo todos nós, aguentado perseverantemente no corredor extenso pois não havia ali um sistema de intercomunicação com altifalantes que nos permitisse ouvir o nosso nome. Quando tanto se tem falado de saúde pública nos últimos tempos, essa mesma saúde publica deveria começar pelo respeito no modo como os utentes do nosso sistema público de saúde são tratados.

 

 

 

música: David Bowie- Changes
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publicado por Jorge Santos às 08:40
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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008

OBRIGADO

 

 

 Faço hoje a reposição de mais um Post publicado em Agosto do ano passado. Assim, devagarinho, o Conteúdos vai ficando com tudo o que lhe pertençe.

 

OBRIGADO!
 
 
Viajar naquele autocarro, àquela hora da noite, com as ruas completamente desertas, fazia Ricardo sentir-se ainda mais estranho naquela cidade estranha. Era noite de jogo da selecção Brasileira e, quando tal acontecia, as pessoas recolhiam-se, bem cedo, a suas casas para não perderem a transmissão do jogo pela televisão. E, dentro daquele autocarro, ouvia-se, somente, o barulho da chuva batendo nas janelas meio embaciadas.
 
Também Ricardo se dirigia para casa mas por razões diferentes: ia simplesmente para casa após mais um dia, igual a tantos já passados, numa rotina que não tinha desejado mas para a qual contribuíra com a decisão de regressar ao seu país. Era a rotina de quem não tem nada para fazer senão aguardar o dia da partida, com hora marcada.
 
E, naquela monotonia de um autocarro vazio, viajando de noite, numa cidade vazia, aquele "obrigada", que Vilma lhe dissera, momentos atrás, não lhe deixava o pensamento.
 
OBRIGADA!...Porquê?
 
Quando Ricardo chegou a Manaus, sentiu uma alegria enorme pela perspectiva de iniciar um novo viver que marcasse o início de uma etapa, importante, na sua vida; a busca de uma certa libertação e tentativa de auto-realização.
 
A pouco e pouco, porém, essa alegria inicial começou a dar lugar a uma saudade sem fim, saudades, principalmente, de Cristina que tinha ficado longe na distância mas cada vez mais perto no seu pensamento, perto na obsessão que toda a saudade produz.
 
E foi, então, que conheceu Vilma e, à medida em que a ia conhecendo melhor, começou sentindo que uma luz, pequenina, tinha começado a brilhar em seu coração, tornando-o num ser mais alegre.
 
Mas que sentia por Vilma ? Amor?
 
Não, não era amor: era um gostar muito forte, mas sem amor ou paixão, um sentir-se alegre e feliz quando junto dela; um desejo forte de toca-la, abraçá-la e, porventura, beijá-la.
 
"Obrigada!"
 
Naquele fim de tarde estando os dois numa esplanada junto ao rio Vilma com uma voz triste perguntou:
 
-Porque Você vai embora?
-não gosta daqui?
 
Procurando olhá-la nos olhos, Ricardo respondeu fugindo à resposta desejada:
-mas eu gosto daqui. Aqui tenho família, aqui mora você, e você esta aqui comigo…
 
 
 
Vilma ficou olhando, de um modo carinhoso, mas interrogativo, e percebendo a pergunta, que iria ser feita, Ricardo se antecipou:
 
-Mas, apesar de gostar de você, vou voltar, amo Cristina.
 
Sentindo que tinha magoado Vilma, que escutou aquelas palavras olhando, o rio Negro acariciando os últimos raios de sol, Ricardo, entrelaçou os seus dedos nos dela, puxou-a para si e beijou-a, meigamente, no rosto onde uns olhos brilhavam pelas lágrimas a custo reprimidas.
 
"Obrigada!"
 
A chuva cessara e a pequena viagem tinha terminado. E fazendo, a pé, o resto do percurso para casa, Ricardo relembrava aquele percurso que, igualmente a pé, fizera com Vilma da esplanada até a Parada do autocarro e do que ali se passara.
 
Tinham caminhado, todo o tempo, em silêncio e, depois, parados, um em frente do outro, ficaram-se olhando, sem nada dizerem, até que, num impulso, Ricardo a envolveu nos braços e a beijou longamente, num beijo que não queria terminar, mas que a chegada do autocarro pôs fim. Depois, outro beijo, beijo carinhoso e rápido: o beijo do adeus:
 
-Até amanhã, Vilma- e Vilma não deixando de segurar a mão de Ricardo e olhando-o bem nos olhos, apenas respondeu:
 
-"Obrigada!"
 
Pensando, ainda, naquele "obrigada", procurando o sentido exacto da sua significação, Ricardo ouviu uma súbita manifestação ruidosa, de alegria, que vinha das casas do bairro onde morava e onde tinha já chegado. Entrando em casa, perguntou:
 
-Que aconteceu?
 
-Foi golo do Brasil!
 
Com a visão, ainda, de uma Vilma carinhosa e, diante daquele alegria contagiante das pessoas, Ricardo sentiu uma vontade enorme de exclamar:
 
-OBRIGADO EU!

 

música: Caetano Veloso-Nature Boy
publicado por Jorge Santos às 06:02
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Domingo, 7 de Setembro de 2008

SR. PRESIDENTE DO METRO DO PORTO

Sou um utilizador diário dos transportes públicos em Gaia e no Porto, e desde o momento em que o metro do Porto ganhou mais uma estação em gaia, a estação D. João II, tornei-me também um viajante assíduo neste novo meio de transporte. Realmente, passei a ficar mais perto de casa e dos centros de Porto e Gaia em muito menos tempo. Acontece porem que, ao contrário da estação que precede, a do "El Corte Inglés" que tem uma vasta cobertura para os utentes, dispondo inclusive de escadas rolantes que permitem um acesso directo à grande superfície, esta, que me deixa mais perto de casa, inaugurada em Junho permanece, grande, sem duvida, no meio da avenida da Republica, como aliás todas as outras, mas, sem cobertura alguma.

 

Enquanto decorre este Verão fresquinho com noites fresquinhas e raros dias que dêem vontade de dar um salto à praia, os utentes desta estação do metro de superfície, lá vão aguentando as esperas mesmo sem cobertura pois há horários a cumprir, mas sempre com um olho de viés para o céu não vá a chuva aparecer sem avisar, como sempre aparece e nunca avisa. E quando o verão terminar e  o Outono e depois o Inverno chegarem, com todas as suas variantes de chuvas? desde a morrinha, a chuva molha-tolos,  até aquela quem vem acompanhada de rajadas de vento, que em vez de vir de cima , vem exactamente por baixo e pelos lados,  até àquelas que chovem a "cântaros" que em vez de gotas, parece mais um balde despejado durante horas seguidas?

De todas as estações à superfície do metro do Porto que conheço, desde o Sr. de Matosinhos ao Estádio do Dragão ou até Pedras Rubras, esta , a de D. João II, é a única que se apresenta como as fotos que tirei com o telemóvel demonstram, sem cobertura.

 

Sr. Presidente do metro do Porto, faça lá o favor de mandar colocar a cobertura da estação que a malta agradece. 

música: J. B. Thomas-Rain Drops Keep Falling On My Head
publicado por Jorge Santos às 23:25
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Sexta-feira, 5 de Setembro de 2008

REALIDADE E FANTASIA

 

 

Quase todos os dias eram dias bons, na minha infância colorida e alegre. Pouco se faziam sentir em mim então, os efeitos do que ia acontecendo na cidade, talvez porque ainda não tinha a percepção dos mais velhos, ou tendo, em cima dos meus oito ou nove anos, dava a volta pelo lado, porque por ali não queria passar. A palavra guerra, turras, regresso, morte, independência, liberdade,  ouviam-se cada vez com mais insistência, mas para nós, os mais pequenos em tamanho e idade que não em inteligência e astúcia, não as queríamos ouvir, queríamos apenas brincar e fazer de conta, fazer de conta que tudo à nossa volta era isso mesmo, um jogo como todos os jogos que nós fazíamos, aqueles que nós inventávamos feitos desta vez por pessoas grandes. Não nos assustávamos nós os miúdos com o aparato militar que ia surgindo um pouco por toda a cidade, por cada bairro, por cada esquina, cada vez víamos mais homens fardados com fardas camufladas como as que eu usava para vestir o meu "action man", e ali estavam muitos "action man" com muitas fardas, muitas caras com muitas cores de pele, uns tinham a cor da minha pele, outros tinham outras cores de pele como muitos dos meus amigos tinham, todos tinham armas a sério,  como nenhum de nós tínhamos. Entre a rotina de um viver incerto e angustiado dos adultos, fazia-se a rotina alegre e feliz dos miúdos com brincadeiras antigas e necessariamente novas, pois podíamos estar alheios ao que se passava, mas não estávamos cegos ao que observávamos. E entre muitas observações novas observamos perto de nós, três bandeiras novas, a juntar à que já estávamos habituados dos livros das escolas e do mastro do palácio do governador. E na observação dessas bandeiras, uma com duas riscas horizontais vermelha e preta com uma estrela amarela no meio, outra se não me engano tinha um sol vermelho e um galo negro, e havia uma terceira que das cores já não me consigo lembrar, logo nos surgiu inspiração para mais uma brincadeira,  foi só o tempo para adquirir o material necessário, canas de bambu, papel celofane, cola e fio "do norte" para num ápice se verem sob o céu de Luanda, bem, pelo menos naquele pedaço de céu sobre as nossas casas, três papagaios a voar bem alto, tentando nós cá em baixo, manobradores habilidosos, conseguir não só que o seu voasse mais alto,  como voasse mais tempo. Anos mais tarde, na cidade onde me encontro agora a escrevinhar estas palavras,  reflectindo no assunto pensei: Que bom seria se deixassem os miúdos decidir as guerras dos homens  em voos de papagaios.
 
Hoje é dia de eleições em Angola. O meu maior desejo é que hoje, se cumpra e instale definitivamente a democracia para felicidade de todo o povo Angolano, e minha, que parte importante de mim será sempre daquele belo país que me viu nascer. E, quem sabe, dentro de uma democracia plena, um dia, eu volte. 
música: Sérgio Godinho-Namoro
publicado por Jorge Santos às 11:17
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Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008

DOCE INFÃNCIA

 

 

Faço hoje a reedição de mais um Post perdido que havia publicado em 21 de Junho de 2007, ainda no inicio deste "Conteúdos"

Uma mangueira no quintal dava mangas deliciosas, lembro-me…dos banhos de mangueira que meu pai me dava aos domingos no regresso da praia da contra-costa. O jacto de agua irrompendo sob o calor angolano direito às minhas costas, deliciosa sensação de felicidade, a bicla esperava-me encostada ao tanque ,hoje sem as mãos negras da Susana batendo roupa e tirando o lixo… hoje é domingo e a Susana está com o seu amor a rodopiar pelo salão naquela dança pélvica tão absolutamente africana que todos os domingos acontece no bairro operário…em cima daquela bicla eu pedalava como um herói pela minha rua … tlim tlim e eu cortava a direito pelos jardins daquele bairro com nome de vila… a vila Alice, e os jardins eram as florestas onde me embrenhava para as missões impossíveis e saía vitorioso com mais um par de calças rasgado o ranho que a sinusite não controlava a sair no fim da batalha, os cotovelos esmurrados e , o pensamento , a ultima estratégia do dia ,para poder entrar no meu quartel disfarçado de quarto de dormir sem ter que me cruzar com a alta patente direita de cinco dedos da minha mãe.
Era um tempo inócuo, sem tempo, regra ou relógio que limitasse a existência, era viver absolutamente, a infância plena, plena de mim com todo o meu mundo imaginário. Poderia ter sido assim mesmo, num outro lugar, mas o lugar era aquele, a terra era vermelha, o calor natural, a luz…. 
Aquela luz na minha retina infantil, que um dia retomarei….

 

música: Sergio Godinho-Namoro
publicado por Jorge Santos às 07:02
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