No dia 15 de Junho de 2007 fiz um post neste Blog, "picado" por outro post que tinha lido noutro Blog, com o nome "Natureza Humana". Infelizmente por motivos técnicos que não consegui resolver tive que encerrar o "Conteúdos" com todos os seus posts e comentários, e criar outro. Felizmente consegui guardar os textos em "word" e de vez em quando vou lá para reeditar algum. Hoje ao receber um mail da dona do Blog "os livros que ninguém quis dar a ler", http://oslivrosqueninguemquisdaraler a pedir comentários ao que lá estava escrito, resolvi reeditar este post, que acho que tem tudo a ver...
Como já tinha referido num post anterior, estávamos à espera do nascimento do casal de tartarugas por nós apadrinhado na ilha do Sal como ajuda através de uma pequena contribuição monetária, para a preservação das muitas tartarugas marítimas que escolhem as praias da ilha do Sal para aí depositarem os seus ovos e assim começarem um novo ciclo de vida.
Os nossos bebes tartarugas nasceram, e se tudo correu bem, foram catalogados identificados e chipados. Babadinhos, mostramos aqui as fotografias dos "putos" Lucas e Inês" assim como do ninho com os restantes maninhos!
O ninho todo
O Lucas
A Inês
O casal
Todo este trabalho de preservação das tartarugas marítimas tem por trás muita gente boa de várias nacionalidades representadas neste grupo:
São apenas dois minutos e vinte e três segundos que vos convido a visionar neste pequeno vídeo que está excelente, ´que descobri num post não menos excelente de um Blog que visitei do SR. Jorge Soares "o que é o jantar"
http://oqueeojantar.blogs.sapo.pt
ora vejam
Desde muito novo que gosto da companhia dos livros. Desde muito novo, habituei-me a ver livros em casas e em mãos de pessoas que gostava muito e que moravam nessas casas. Em casa dos meus pais, havia sempre um livro pousado em qualquer lado alem dos outros empoleirados na estante mas sempre naquele ordenamento espontâneo de quem o tira para ler e pousa. Pareciam ter vida.
Em casa dos meus avós a situação era muito idêntica, e recordo-me de serões, daqueles de Luanda onde não havia televisão, em que ficava fascinado e divertido a ver e ouvir meu avô ler-nos as partes que mais gostava do que no momento lia indo a sua narração até às lágrimas, fossem elas de riso ou de comoção pura. E mesmo antes de ter a capacidade de os ler, já lia títulos que sem saber explicar ficavam presos na minha memória, como:"capitães da areia"; "guerra e paz";; "por quem os sinos dobram";"os miseraveis";"os maias"; sem saber ainda sequer a história que contavam e por quem eram contadas.
Mas foi sem dúvida alguma esse hábito familiar que me fez iniciar as minhas leituras pelas histórias de "Enid Blyton" dos "cinco até aos "sete" e por aí fora os ivros quer fossem "de bolso" ou mais bem "compostos" fizeram parte das minhas companhias. Há sempre um livro em qualquer lado da casa, por ler, lido, relido ou a meio, daqueles que "emperram em determinado momento da narrativa e ficam a aguardar por melhores dias meus. Além dos livros, também sempre gostei muito de ver filmes de ir ao cinema e mesmo mais tarde de os visionar em cassetes video VHS e mais recentemente em DVD tendo já uma jeitosa videoteca domestica.
Devido a este meu gosto também por cinema, fiz o reconhecimento de um autor português que me faltava, José Saramago.
Até à quinze dias atraz nunca tinha conseguido ler Saramago, mesmo sabendo da qualidade literária que deveria ter, que nunca contestei, não conseguia lêr Saramago, e isto Porque a minha leitura, o meu encontro com Saramago tinha-se dado com o livro "A jangada de pedra" e... a jangada encalhou, tentava, tentava e não conseguia desencalhar a jangada e assim fui me conformando, pensando: Bem, não podemos ser todos iguais. Uns gostam outros não. É assim mesmo. E tentava arranjar argumentos a mim mesmo: Eu gosto de Lobo Antunes e outros não. Enfim é a vida. Mas certo dia, e voltando ao cinema soube que Saramago aceitara que Fernando Meireles fizesse um filme do seu livro "Ensaio sobre a cegueira" depois soube que o elenco do filme era muito do meu agrado com gente como Julianne moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover e outros, como se tudo isto não bastasse soube, soubemos todos, foi publico, que Saramago gostara muito da adaptação cinematografica do seu livro cujo nome em ingles ficou "Blindness".
No dia em que eu e a minha companhaira fomos de férias a Cabo verde, enquanto faziamos horas no Parque das Nações pelo momento de levantarmos voo para o Sul compramos numa pequena feira do livro ali mesmo por baixo do cais do Oriente, tres livritos para as férias, bem dois, o terceiro era para ver se o nosso Lucas começava a ganhar gosto pela leitura com "as mil e uma noites. Os outros dois foram, um de Luis Sepulveda, "Encontro de amor num país em guerra" que li e deixei na ilha do sal para a biblioteca da escola local, e o outo foi, "Ensaio sobre a cegueira".
Quando regressámos , já a minha companheira tinha lido o "Ensaio sobre a segueira" e disse-me apenas: Lê o livro. E obedeci obedeci para nao mais parar num ritual sempre cadenciado, na meia hora de todos os dias de uma semana antes de dormir. Todo, li todo e reli algumas partes, achei simplesmente fantástico a forma como Saramago consegue desmontar desorganizar uma sociedade que repentinamente como se de uma epidemia se tratasse ia ficando privada da visão, não uma cegueira escura, mas como ele mesmo descreve, uma cegueira branca e leitosa os valores humanos todos repentinamente desfeitos e um pequeno grupo de cegos, ancorado,na unica pessoa que não foi atacada pela cegueira branca e leitosa.
Espero agora a estreia de "BLINDNESS" dizem que lá para setembro que irei ver com redobrada expectativa. Entretanto já vou pensando na leitura de "o ensaio sobre a lucidez". A "Jangada de pedra" ficará para já onde estava.
Encontrei no youtube uma apresentação de "blindness" só para abrir o apetite.
"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".
Livro dos conselhos
Na quinta feira passada, segui meio atónito, meio aparvalhado, não de uma forma continua, mas assim ao estilo zapping o tal assalto a uma agencia do BES em Lisboa.
Infelizmente este tipo de situações cada vez mais frequentes, quer sejam Bancos, Tribunais, Postos de gasolina, Maternidades, Carjackings ou homejackings continuando-me a chocar, já não me vão surpreendendo.
Os espectáculos montados pelos nossos meios de comunicação, com ligações em directo nos principais canais ao melhor estilo da TV Record chocaram-me mas para ser franco, não me surpreendem mais.
Mas no dia seguinte, enquanto tomava café num "café" perto do trabalho, confesso fiquei surpreso com o que ia vendo no canal 1 da RTP e com os comentários que ia ouvindo das pessoas ao meu redor.
Ainda bem que as duas pessoas que estavam reféns conseguiram sair ilesas, mas, nunca pensei que a única forma encontrada ao fim de tantas horas de sequestro de dois reféns, fosse o aniquilamento dos assaltantes, esgotaram-se assim tão depressa todas as possibilidades? que eu saiba ainda não teria havido nenhum risco real de morte para as pessoas feitas reféns assim como nenhuma violência física dentro da agência bancária.
É surpreendente como pessoas ditas civilizadas que estavam naquele "café" iam comentando as imagens com frases assim:"É bem feito!; A policia demorou foi muito; Mereceram-no bem!;"
Eu acho que foi mais um dia da humanidade que acabou sem um final feliz!
Estamos em Agosto, o mês por excelência em que a maioria dos nossos tugas, tuguinhas e tugões, decidem, ou a isso se vêem obrigados, a ter férias. Justas, bem entendido, uns banhitos de um mar que de norte a sul ainda continua a ser publico, com uns areais porreiros onde ainda podemos gozar, sem ter que pagar nenhuma taxa de utilização de areais, mar ou raios solares, estes últimos com moderação claro, não vá a pele fritar ao ponto do não desejável.
Estamos em Agosto, dou por mim a sair de casa por volta das 8 da manhã surpreendido pelas ruas desertas, respiro melhor, a asma alivia a pressão nos pulmões e caminho mais leve. O Metro vai quase vazio, a hora de ponta para as praias começa uma horita mais tarde. Definitivamente gosto de trabalhar no mês de Agosto, vou treinando aqui e ali o meu inglês e francês com os turistas imensos na quantidade e tamanho real que durante este mês palmilham esta cidade de Gaia. Mas é Agosto período de recomeços: Os políticos fazem as suas festas de verão a anunciar como deveriam proceder na próxima legislatura, mas não procedem, e recomeça o futebol nacional nas suas ou nos seus vários escalões. Enchem-se as grelhas de televisão com pseudo jogos a sério, cujo interesse seria apenas dos intervenientes e equipa técnica pois são jogos-treino para estudar esquemas e observar os jogadores em campo. O resto continuará igual o poder dos senhores do futebol e de quem os tutela, os seus tutelões, manter-se-á inalterável e assim continuará enquanto não se perder o medo e fizer um saneamento básico completo com uma verdadeira ETAR para tratar os resíduos futebolísticos nacionais, enquanto não houver uma limpeza forte aos esgotos do futebol e começar de novo, começar do zero se preciso for mas começar limpo .
Estamos em Agosto, jogos olímpicos em Pequim, capital de um histórico país que vive mergulhado na opressão , que continua a ignorar e a não respeitar os mais elementares direitos humanos. Aqui desejo que os atletas olímpicos façam o que de melhor sabem fazer façam desporto, lutem pela liberdade desportiva como Jessie Owens Fez em Berlim perante um Hitler enraivecido, e que no fim, vencedores e vencidos, com medalhas e sem medalhas dêem um grito de liberdade por todos aqueles que ainda não a têm nem tão cedo virão a ter!
Criança desconhecida e suja brincando à minha porta,
Não te pergunto se me trazes um recado dos símbolos.
Acho-te graça por nunca te ter visto antes,
E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança,
Nem aqui vinhas.
Brinca na poeira, brinca!
Aprecio a tua presença só com os olhos.
Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.
O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas.
Brinca! pegando numa pedra que te cabe na mão,
Sabes que te cabe na mão.
Qual é a filosofia que chega a uma certeza maior?
Nenhuma, e nenhuma pode vir brincar nunca à minha porta.
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