Ao longo da minha vida, sempre fiz os possíveis por viver de um modo coerente. Com as minhas atitudes, com os meus princípios, inclusivamente com os meus próprios antagonismos.
Cresci a ouvir coisas importantes à minha volta, como, justiça, igualdade, respeito, verdade, e continuo a crescer com essas coisas e a fazer outros crescerem com elas.
Vivo e trabalho, e o meu trabalho proporciona-me uma existência onde pelo menos a consciência de que tudo o que faço por mim e pelos que amo, resulta num viver digno, sem privações, inclusive algumas no âmbito do menos necessário, ou mais supérfluo, porque corpo e espírito também têm que brincar.
A avareza foi sempre algo que repudiei profundamente, eu que sou tão oposto a esse sentimento mesquinho, de querer guardar, ficar com tudo, de não repartir, não partilhar, não entendo, nunca consegui entender a avareza.
Uma daquelas verdadinhas mais antigas que me ensinaram, era que um copo de água não se nega a ninguém, bem pelo menos até certo dia da semana passada quando me dirigi com a minha companheira a um”café” desses que servem refeições ao almoço, e no fim do mesmo, como resposta ao meu pedido de um café e um copo com água, a empregada respondeu que apenas serviam água engarrafada…