Com todo o respeito pelos habitantes do arquipélago da Madeira, mas também com todo o respeito pelos habitantes de todo Portugal, fico com a sensação que o aumento de verbas para as regiões autónomas, sendo que uma delas apresenta o segundo maior rendimento per capita do país, numa altura a todos exigida de contenção, me parece um autentico bailinho...da Madeira.
Eu acredito na democracia. Acredito como sendo a melhor forma até hoje encontrada de viver em liberdade, a minha, e a dos outros. Como já foi dito por alguém, "A democracia é o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros".
Este senhor, Salgueiro Maia, já desaparecido, foi um dos grandes responsáveis por hoje sermos um país democrático com um povo, não raça, mas povo, como o conjunto de todas as pessoas que habitam neste território, a viver em democracia.
Hoje o presidente da república homenageou postumamente Salgueiro Maia pelo seu papel preponderante na revolução dos cravos. Um gesto mais do que merecido até porque as comemorações do dia de hoje se realizam em Santarém que vê assim homenageado um filho da terra.
Mas como a democracia é feita de história , história essa que em momento algum pode ser lixiviada, é bom recordar que o capitão Salgueiro Maia hoje homenageado pelo presidente da república, é a mesma pessoa que há vinte anos atrás, ainda vivo, viu ser recusada uma pensão tão necessária como merecida, pelo mesmo senhor que hoje, o condecorou, na época primeiro ministro do governo de Portugal , tendo em contrapartida, dois antigos agentes da PIDE , talvez justamente, a recebido.
Finalmente, depois de um ano inteiro a ouvir e ver noticias sobre a campanha eleitoral democrata e republicana, aconteceram eleições nos Estados unidos da América.
Finalmente George W Bush já não é o presidente daquele país.
Finalmente, assistimos à maioria dos votos expressos, corresponderem ao candidato vencedor, depois de no acto eleitoral precedente, ter o mundo inteiro assistido à derrota de Al Gore, tendo este obtido o maior numero de votos expressos nas urnas. Para mim a Democracia, continua a representar, um homem um voto.
Finalmente Barak Obama saiu vencedor deste acto eleitoral.
Apenas por esse facto fico contente. Os Estados Unidos da América não são o país onde eu tenho direitos eleitorais como cidadão, logo deveria preocupar-me mais com a politiquice lusa do que com a do tio Sam, mesmo sabendo que esse "Tio" acha que metade da humanidade são seus sobrinhos, mas não são.
Apenas gostei da eleição de Barak Obama por três motivos:
1º Ao fim de um ano, acabou o massacre informativo das novelas rocambolescas das respectivas candidaturas... UFA!
2º Mais importante para mim do que as ideias que tem para ultrapassar a crise financeira, foi a conquista alcançada numa luta pelos direitos humanos começada pelo SR. Doutor Martin Luther King há 50 anos atrás. Essa foi para mim a verdadeira conquista americana nestas eleições. Nesse sentido até a eleição para presidente do general republicano Collin Powell teria o mesmo efeito de satisfação.
3º O mais importante, ouvi ontem da boca do próprio Barak Obama, quando um jornalista numa daquelas perguntas mais prosaicas lhe pergunta que tipo de cão vai comprar para levar para a casa branca, ao que ele respondeu que teria de ser um tipo de cão hipo alergénico, visto sua filha ser alérgica, e que gostava que o cão fosse de um canil municipal raçado, afinal, como ele, disse.
Magistral digo eu!
Boa Obama!
Isto é o que acontece, quando os políticos se esquecem que só ocupam lugares nos poderes instituídos, em democracia, porque o povo, conjunto de cidadãos adultos dentro de uma nação, exercem um legitimo direito de voto.
Aconteceu precisamente isto na Irlanda com o referendo ao tratado de Lisboa. E aconteceu porquê? eu sei que os Irlandeses são conservadores em muitos aspectos, diria mesmo demasiadamente conservadores, estou a lembrar-me da proibição de abortar sejam quais forem as circunstancias, mas são inegavelmente democráticos vão a votos e perguntam ao povo, mesmo na questão do aborto, e na sua constituição está determinado que qualquer decisão internacional tem que ser referendada, e fizeram-no, outros prometeram fazer e esqueceram...
Pensemos um pouco: porquê um "não" no referendo Irlandês sobre o tratado de Lisboa? pelo tratado em si? não! o não aconteceu apenas porque o povo não entendeu nada do que tratava o tratado. O povo quer ser explicado na sua língua corrente nos seus vocábulos diários, e os políticos depois de eleitos esquecem-se de quem os elegeu e redigem tratados para minorias elitistas que se pavoneiam pelos corredores do poder!
O povo não quer isso, o povo quer entender, como entendeu tão bem aquela frase captada pelos microfones mas de pura satisfação, do 1º ministro português para o comissário europeu quando a assinatura do tratado europeu de Lisboa foi conseguida:
PORREIRO PÁ!
Na segunda-feira, em Viana do Castelo durante uma visita a uma exposição de artistas plásticos, o presidente da republica esteve infeliz, ao declarar, quando questionado sobre a paralisação dos camionistas, que não fazia comentários porque, e passo a citar:
«Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas», acrescentou Cavaco Silva.
Devo dizer que esta recuperação de um termo em voga nos tempos da ditadura não me soou nada bem. Raça? que raça? subscrevo aqui as palavras de Fernando Rosas com as quais me revejo totalmente:
«O dia da raça é um dia que foi posto na época do fascismo e que trabalha com a ideia absurda de que há uma raça portuguesa com características, que não sei quais são»,
Mas pronto acho que o sr. presidente se deixou arrebatar pela musica do Rui Veloso com a letra genial do Carlos Tê(como sempre) e pela bela vitória de Portugal frente à Turquia e com aquele belo golo do Pepe. Já agora a que raça pertence o Pepe? para mim sem duvida à raça dos que dão o melhor de si próprios em prol do colectivo!
É preciso relembrar sempre ao povo aquilo que a nossa "classe" politica esqueceu e se esforça por fazer caír no esquecimento:
Nós vivemos numa RES PUBLICA:
GOVERNO DO POVO E PARA O POVO!
Chegou hoje ao fim a campanha eleitoral para a liderança de um dos maiores partidos políticos portugueses. Devo dizer que como cidadão atento e interessado, fiquei chocado com a forma usada por dois companheiros de partido na campanha eleitoral, campanha muito virada para o ataque pessoal e nada para o debate de ideias. Vivendo nós num país com a esfera politica completamente bipolarizada entre dois partidos e sendo esta a campanha eleitoral interna de um desses dois partidos, fiquei com legítimos motivos para em relação ao futuro próximo neste país estar apreensivo.
Este Post que aqui reedito, foi publicado no dia 28 de Setembro de 2007, não se encontra nestes arquivos, porque devido a uma anomalia para a qual não encontrei explicação, tive que eliminar o antigo "Conteúdos" com todos os seus Post e comentários guardando apenas uma cópia em "word ", e fazer este novo Conteúdos . Dada esta explicação e apenas me referindo a este post , resolvi republica-lo porque os motivos que me levaram a escreve-lo continuam bem actuais. Passados sete meses o partido que faz oposição ao partido que ocupa a cadeira do poder, voltou à dança da cadeira do poder desta vez sem os dois candidatos de há sete meses (em principio) mas com uma mão cheia deles a reclamarem a dita cadeira. Esperemos para ver como se vai processar esta corrida, aguardemos então...
Quando, pensava eu, achava que nada mais me poderia tirar do sério, e pôr-me a rir a bandeiras despregadas, eis que vem deste nosso "novo estado" a decisão de preparar a proibição de colocação de piercings e tatuagens a menores de 18 anos. E no caso dos piercings na língua a proibição é para todos em todas idades.
Para quem teve esta ideia luminosa, o único piercing politicamente correcto é o colocado nas meninas bebes praticamente recém-nascidas por suas mães, sendo esta talvez a única proibição que seria aceitável e correcta pois todo o ser humano desde que nasce passa a ser proprietário da sua própria identidade do seu próprio corpo. Nós os pais apenas temos a obrigação de tutelar criar e acompanhar o seu crescimento saudável com carradas de amor.
Eu, pessoalmente não gosto de piercings, mas gosto de tatuagens, da minha tatuagem que aqui exibo.
Por fim acrescento, cabe aos pais na sua célula familiar, explicar, orientar consentir ou não que os filhos possam faze-lo antes da idade tecnicamente adulta e não a um qualquer BIG BROTHER que vai tentando condicionar a nossa existência
Minha tatuagem na omoplata esquerda
A musica que estão a ouvir, que acho belíssima é um standard interpretado por uma senhora norueguesa, Silje Nergaard que aconselho vivamente
. NÃO!
. DELÍRIO
. PIDESCO
. CONTEÚDOS QUE VISITO
. CIGANA
. FASCINIO, ARTE E BELEZA NOS AUTOMOVEIS E NA MULHER
. JOSÉ ANTÓNIO BARREIROS-uma parte de mim e por onde ando
. LAURINDA ALVES A SUBSTÂNCIA DA VIDA